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O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) realizou, nesta terça-feira (31), o seminário “Conversando sobre bioética e racismo”, com a presença de alguns dos autores do livro “Bioethics and Racism: Practices, Conflicts, Negotiations and Struggles”, publicado pela editora De Gruyter, da Alemanha. São eles o professor Carlo Botrugno, da Universidade de Florença (Itália), Marcia Mocellin Raymundo, representante do Comitê de Diversidade, Equidade e Inclusão do HCPA, e Célia Mariana Barbosa de Souza, integrante do Programa de Ações Antirracistas do HCPA. 

Nas suas apresentações, os autores resgataram temas abordados na obra, a exemplo de cuidados de saúde e racismo, a relação entre doença renal crônica e a população negra, migrações e como a bioética tem sido um campo de estudo dominado por pesquisadores brancos. 

Face a esse contexto, Botrugno questiona se a bioética tem sido eficaz como disciplina na luta contra o racismo, se a produção de conhecimento é livre de estereótipos ou se contribui para a dominação do aparato racista. “A bioética deveria ser muito mais representativa e incluir todas as formas de expressão, de visão moral, tudo aquilo que é relevante na área da saúde”, disse. 

O evento integra as ações relativas ao mês da Consciência Negra da instituição e foi promovido pelo Comitê de Diversidade, Equidade e Inclusão e pelo Programa de Ações Antirracistas do Clínicas. 

 

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