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No Rio Grande do Sul, das mais de 900 mil mulheres que teriam que fazer mamografia, anualmente, apenas 295 mil a realizam. Esse dado foi revelado pelo mastologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP) Carlos Alberto Ruiz, na palestra Impacto da informação sobre o câncer de mama: mitos e verdades na era digital, integrando a programação do Outubro Rosa, no dia 9 de outubro. “A morte por câncer de mama em países subdesenvolvidos é 42% maior”, informou. Para avançar no diagnóstico e tratamento, é preciso três coisas: “educar e informar. Educar e informar. Educar e informar”, enfatizou.

out. rosa. palestrante

Outra informação preocupante trazida pelo mastologista é o estágio avançado do câncer nas mulheres que chegam ao sistema público de saúde. “Em cerca de 80% delas, já é possível detectar o problema simplesmente apalpando o seio”, alertou. O médico ainda explicou que o caminho a seguir, para melhorar o índice de cura da doença, é este: educação, mamografia, biópsia, tratamento e seguimento.

O evento também tratou da sexualidade e câncer de mama e a fase após o tratamento. “Muitas vezes o médico não está preparado para falar da sexualidade da mulher nesta hora. Mas este assunto não pode ficar de lado, porque faz parte da autoestima e da vida da paciente”, ressaltou a ginecologista do HCPA Janete Vettorazzi. O professor Jorge Biazus coordenou as atividades e falou sobre a reconstrução da vida da paciente. Segundo Biazus, chefe do Serviço de Mastologia, além da parte técnica do tratamento, o profissional da saúde precisa levar em conta o pessoal e social, ajudando a ressignificar a vida da mulher, casando informações da Medicina com a realidade vivida pela pessoa.

Este ano, o conceito da ação promovida pelo HCPA foi Outubro Rosa - a vida é feita de laços. A programação do dia ainda teve oficinas realizadas por voluntárias da Legião de Apoio ao Paciente com Câncer, lenços com voluntárias do Rotary Club e sessões de maquiagem para pacientes. Além disso, no encerramento, foi realizada uma apresentação do Guri de Uruguaiana, para lembrar que alegria e bom humor também têm tudo a ver com saúde.